sexta-feira, dezembro 26, 2003

 

BOAS FESTAS

A todos os "blogueiros" e aos leitores das "conversas da teta" um sincero voto de boas festas... e um excelente ano 2004!!!

sexta-feira, dezembro 19, 2003

 
E já agora, se fosse a "Teresinha" a apresentar o "big processo", acrescentaria: vai haver casamento? Isso não interessa nada! Então e não querem mandar beijinhos?
 
Isto do "Processo Casa Pia" parece-se cada vez mais com o "big brother". Quem é que vai ser o próximo a sair? Irá entrar mais alguém? Quem é que vai ganhar?

sexta-feira, dezembro 12, 2003

 
Anedota anti-democrática

Um político (não) português é atropelado por um camião e morre. Chega às portas do céu e encontra S Pedro.
- Bem vindo ao Paraíso! - diz S. Pedro - Antes de deixá-lo entrar...Há um pequeno problema. Raramente vemos políticos por aqui e não sei bem o que lhe hei de fazer.
- Não há problema. Deixe-me apenas entrar - diz o ex-político.
- Lamento, mas não posso. Tenho ordens superiores. Vamos fazer o seguinte: você vai passar um dia no Inferno e outro no Paraíso. Depois poderá escolher onde vai passar a Eternidade.
- Não vale a pena. Já escolhi. Quero ficar no Paraíso, diz o político.
- Desculpe, mas temos as nossas regras.

S. Pedro leva-o ao elevador e ele desce, desce, até ao Inferno. Abre-se a porta e ele vê um lindo campo de golfe. Ao fundo um luxuoso clube e todos os amigos dele e políticos que tinham trabalhado com ele. Todos felicíssimos em plena festa social, rodeados de lindas damas. Cumprimentam-no, abraçam-no e falam longamente de como ficaram ricos à custa do povo. Jogam descontraidamente uma partida de golfe, enquanto saboreiam lagosta e caviar na companhia das sorridentes damas.

Está também presente o Diabo, um sujeito extremamente afável que passa o tempo a dançar e a contar anedotas e a "flirtar" com as gentis senhoras. Divertem-se muito até que, chega a hora da despedida. Todos se despedem efusivamente dele com muitos abraços e as senhoras com carinhosos beijos. Ficam a acenar-lhe enquanto o elevador sobe. O elevador sobe, sobe, abre-se a porta e S. Pedro está à sua espera.
- Agora vamos visitar o Paraíso.

E assim passa 24 horas do dia junto a um grupo de alminhas que passam o dia de nuvem em nuvem, tocando harpa, cantando e dançando, todos muito felizes.O dia termina e S. Pedro regressa.
- Bom, você passou um dia no Inferno e outro no Paraíso. Já escolheu a sua casa para a Eternidade?
- Sim...o Paraíso é maravilhoso, sabe...Mas acho que prefiro ficar no Inferno.
S. Pedro leva-o de novo ao elevador.
E ele desce, desce, desce, ate ao Inferno.
A porta abre-se e ele vê-se no meio de um enorme terreno baldio cheio de lixo. Vê todos os seus amigos com as roupas esfarrapadas e sujíssimas apanhando o lixo e colocando-o em sacos pretos.
Todos com um ar muito infeliz e acabrunhado.
O Diabo aproxima-se dele, põe-lhe um braço no ombro e diz:
- Meu amigo é aqui que você vai passar a sua Eternidade.
- Não percebo...gagueja o político. Ontem havia um campo de golfe, um clube, uma festa, lagosta, caviar, dançávamos com as senhoras, divertimo-nos muito. Hoje vejo este fim do mundo cheio de lixo e os meus amigos tristíssimos e arrasados.
O Diabo sorri e diz:
- Sabe, meu amigo...Ontem estávamos em campanha eleitoral. Hoje, já temos o seu voto...

terça-feira, dezembro 09, 2003

 
"Se as coisas são feitas para serem usadas e as pessoas para serem amadas, porque amamos as coisas e usamos as pessoas?"

quinta-feira, dezembro 04, 2003

 
A burocracia em Portugal

Um dos grandes entraves ao desenvolvimento de Portugal é sem dúvida a burocracia que grassa por toda a Administração pública. Uma das causas principais, senão a maior, de tal burocracia é a desconfiança com que o Estado trata o cidadão, ou seja, o Estado muitas vezes parte do princí­pio que o cidadão é vigarista e por isso exige-lhe papeis, certidões, provas de registo, fotocópias autenticadas disto e daquilo, assinatura reconhecidas...

E assim, o cidadão que quer cumprir a lei, tem que reunir documentos e mais documentos e, como estes normalmente têm um prazo de validade limitado, quando consegue reunir todos, já alguns deles passaram de prazo...e volta tudo ao princí­pio.

Parece-me que na maior parte dos outros paí­ses da União Europeia, o Estado confia no cidadão até prova em contrário, enquanto que em Portugal, o Estado desconfia do cidadão até prova em contrário.

É também por causa desta cultura vigente que o chamado "chico esperto"
tem tanto sucesso no nosso pais. E, assim sendo, e enquanto os nossos polí­ticos não alteram o sistema administrativo do Estado, uma das grandes lacunas das universidades portuguesas é não incluirem nos seus currí­culus uma cadeira que ensine os alunos a "darem a volta à burocracia". Por enquanto, tal só se aprende com a prática e com as histórias que se vão ouvindo. Aqui fica uma delas, bem ilustrativa:

"[...]
Conto, aliás, uma história que ouvi recentemente. Um cidadão português, que sempre desejou ter uma casa com vista para o Tejo, descobriu finalmente umas águas-furtadas algures numa das colinas de Lisboa que cumpria essa condição. No entanto, uma das assoalhadas não tinha janela.

Falou então com um arquitecto amigo para que ele fizesse o projecto e o entregasse à  câmara de Lisboa, para obter a respectiva autorização para a obra. O amigo dissuadiu-o logo: que demoraria bastantes meses ou mesmo anos a obter uma resposta e que, no final, ela seria negativa. No entanto, acrescentou, ele resolveria o problema.

Assim, numa sexta-feira ao fim da tarde, uma equipa de pedreiros entrou na referida casa, abriu a janela, colocou os vidros e pintou a fachada. O arquitecto tirou então fotos do exterior, onde se via a nova janela e endereçou um pedido à CML, solicitando que fosse permitido ao proprietário fechar a dita cuja janela.

Passado alguns meses, a resposta chegou e era avassaladora: invocando um extenso número de artigos dos mais diversos códigos, os serviços da câmara davam um rotundo não à  pretensão do proprietário de fechar a dita cuja janela. E assim, o dono da casa não só ganhou uma janela nova, como ficou com toda a argumentação jurí­dica para rebater alguém que, algum dia, se atreva a vir dizer-lhe que tem de fechar a janela! [....]".


Nicolau Santos, in "Expresso online"

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