quinta-feira, outubro 30, 2003

 
Escuta de conversa telefónica entre Souto Moura e João Guerra (Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência)

SM – Então pá tás bom?
JG – É pá, isto aqui tá feio!
SM – Então porquê pá?
JG – Esta merda tá-me a dar tanto trabalho, que nem tenho tempo pra ir a casa dar uma queca!
SM – É pá isto aqui em Macau também não é nada calmo, há jogo e putas por todo o lado...
JG – Eh eh eh... então pá não tás com saudades do Elefante Branco...
SM – Eh eh eh... aqui há Elefantes Brancos por todo o lado pá... Mas ouve lá pá, o que é que me dizes daquela carta da teta do gajo da Ordem?
JG – É pá o rôto ataca-me por todos os lados... até me acusa de assassinato político do gajo que foi escutado...
SM – Pois é pá e a mim chama-me idealista que é o mesmo que chamar-me tótó, mas eu tou-me peidando...
JG – É pá põe-te a pau que podes tar a ser escutado pelo SIS...
SM – Eu quero é que o SIS se foda pá! Já disse tou-me peidando!
JG – Tás? Mas olha que o gajo da Ordem é do PSD pá e nós já tamos tramados com os gajos do PS...
SM – Pois é pá, é a merda do bloco central...
JG – Pois, pois, pá... já sabes... quem tá queimado com essa mafia tá fodido...
SM – Eu quero é que eles se lixem pá. Se não me renovarem o mandato, o gajo do jogo já me ofereceu aqui emprego...
JG – Tou a ver... vai sobrar pra mim... quem se fode é sempre o mexilhão...
SM – Bom pá tenho que desligar, vou visitar um casino, pá
JG – Chau pá. Vê lá se voltas...

terça-feira, outubro 28, 2003

 
Ao abrigo de um programa de reinserção social, cinco canibais são contratados como programadores da Assembleia da República, para trabalhar no projecto de criação de blogues dos srs. deputados.
Durante a cerimónia de boas-vindas o Sr. Presidente da AR diz:
- Agora fazem parte da Assembleia da República. Vão ganhar bom dinheiro e até podem comer no edifício quando quiserem. Por isso evitem ir à rua e não incomodem os srs. deputados.
Os canibais prometem seguir as normas e não incomodar os srs. deputados.

Quatro semanas mais tarde, o Presidente da AR volta a encontrar-se com eles e diz:
- Vocês têm trabalhado muito bem e estou satisfeito com todos vós. No entanto, uma das senhoras da limpeza desapareceu. Algum de vocês saberá o que lhe aconteceu?
Os canibais negam ter qualquer conhecimento da senhora desaparecida.

Depois do Presidente sair, o líder dos canibais pergunta:
- Qual de vocês foi o idiota que comeu a senhora da limpeza?
Uma mão levanta-se hesitante, e o líder responde prontamente:
- Seu idiota! Durante quatro semanas andámos a comer deputados, chefes de gabinete e assessores para passarmos despercebidos, e logo tu tinhas de comer a senhora da limpeza!
 
Frase do dia: "Putas ao poder que os filhos já lá estão"

Frase da semana: "É tão difícil ser-se doutora e mulher ao mesmo tempo!"

Frase do mês: "Esta vaga onda de sandice vai aumentar, aumentar, aumentar. Vai andar tudo «à canelada»"

segunda-feira, outubro 27, 2003

 
O Sr. Bastonário da Ordem dos Advogados não gostou de ver o seu nome envolvido nas escutas telefónicas do "Caso Casa Pia" e ataca, seguindo, porventura, a ideia de que a melhor defesa é o ataque, O MP em carta aberta ao PGR.

As ideias fundamentais da mencionada carta são, por mim, resumidas da seguinte forma:

1- O Sr. PGR devia ter mão no MP (mas não tem);
2- O segredo de Justiça está uma bandalheira e ninguém é acusado;
3- As escutas telefónicas estão completamente descontroladas;
4- O Magistrado do MP, Dr. João Guerra, devia levar em consideração, na ponderação dos seus actos no âmbito da investigação criminal, as consequências políticas dos mesmos, caso contrário ou é incompetente ou mal intencionado;
5- O MP ter considerado relevantes, para efeitos da apreciação da existência ou não de "perigo de perturbação do decurso do inquérito", os contactos havidos por parte dos interessados (cúpula do PS) com o Sr. Bastonário da Ordem dos Advogados (e outras personalidades polí­ticas de alto ní­vel) constitui um juí­zo de valor (porventura negativo) sobre a personalidade do Sr. Bastonário (e restantes personalidades envolvidas);
6- A culpa da violação do segredo de justiça é do Sr. Dr. João Guerra, porque se este não tivesse referido as escutas em nenhum documento do processo, a dita violação não tinha sido possí­vel;
7- O Sr. Dr. João Guerra cometeu um assassinato polí­tico (do Sr. Dr. Ferro Rodrigues) ao transcrever em documentos do processo "expressões desprimorosas para o instituto do segredo de justiça, o sistema de escutas telefónicas e até para os Magistrados";
8- O Sr. PGR é um "Homem sério, bom e idealista" mas não actuou com a "determinação exigível" no cumprimento dos "seus deveres legais e estatutários e conter, diminuir, limitar, reduzir os casos de violação do segredo de justiça...".

Portanto, o Sr. Bastonário chama incompetente e assassino polí­tico ao Sr. Dr. João Guerra e culpa-o da violação do segredo de justiça; boa pessoa e idealista ao Sr. PGR, mas também incompetente; e considera-se pessoalmente ofendido por o MP ter considerado relevantes os contactos que teve com a cúpula do PS sobre o processo do Sr. Paulo Pedroso.

O Sr. Bastonário comete, na minha modesta opinião, quatro erros graves para quem desempenha as suas funções:
1- Pronuncia-se sobre um processo em concreto, o do Sr. Paulo Pedroso, e não sobre uma lei ou a justiça em abstrato;
2- Culpa, com base num argumento completamente falacioso, o Sr. Dr. João Guerra da violação do segredo de justiça;
3- Mistura polí­tica com justiça e, mais concretamente, investigação criminal com consequências polí­ticas de actos politicamente condenáveis de polí­ticos pouco hábeis;
4- Considera-se a ele próprio (e porventura também as demais personalidades polí­ticas envolvidas nas escutas) acima de qualquer suspeita e, portanto, acima da justiça.

sexta-feira, outubro 24, 2003

 
A notícia da revista Time sobre as “meninas de Bragança” é publicidade gratuita à região. E como diria o responsável pelo marketing da Benetton “não interessa se criticam ou elogiam, o que interessa é que falem...”. De certeza que o turismo interno e externo vai ter um aumento muito significativo à conta da publicidade gratuita da Time a Bragança. E o negócio principal, as meninas importadas do Brasil, vai ter efeitos positivos em muitos sectores, desde a hotelaria, aos táxis, ao comércio... Querem ganhar dinheiro? Deixem-se de tetas e invistam em Bragança e em força. Afinal o turismo já é a principal exportação de Portugal. Pensavam que só se podia exportar sol, praia e campos de golfe? Isto de importar gajas do Brasil e exportar strip-tease também contribui para o equilíbrio da balança de pagamentos e sem subsídios.
 
Essa conversa da teta sobre o "caso Casa Pia" já cheira mal... reciclem essa merda!
 
blog blog blog blog... mas engoles!

sexta-feira, outubro 17, 2003

 
Paixão Matemática

"Um Quociente apaixonou-se
Um dia
Doidamente
Por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
E viu-a, do Ápice à Base...
Uma Figura Ímpar;
Olhos rombóides, boca trapezóide,
Corpo ortogonal, seios esferóides.
Fez da sua
Uma vida
Paralela a dela.
Até que se encontraram
No Infinito.
"Quem és tu?" indagou ele
Com ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa."
E de falarem descobriram que eram
- O que, em aritmética, corresponde
A almas gémeas -
Primos-entre-si.
E assim se amaram
Ao quadrado da velocidade da luz.
Numa sexta potenciação
Traçando
Ao sabor do momento
E da paixão
Rectas, curvas, círculos e linhas senoidais.
Escandalizaram os ortodoxos
das fórmulas euclidianas
E os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas
e pitagóricas.
E, enfim, resolveram se casar
Constituir um lar.
Mais que um lar.
Uma Perpendicular.
Convidaram para padrinhos
O Poliedro e a Bissectriz.
E fizeram planos, equações e
diagramas para o futuro
Sonhando com uma felicidade
Integral
E diferencial.
E se casaram e tiveram
uma secante e três cones
Muito engraçadinhos.
E foram felizes
Até aquele dia
Em que tudo, afinal,
Vira monotonia.
Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum...
Frequentador de Círculos Concêntricos.
Viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela,
Uma Grandeza Absoluta,
E reduziu-a a um Denominador Comum.
Ele, Quociente, percebeu
Que com ela não formava mais Um Todo.
Uma Unidade.
Era o Triângulo,
Tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era a fracção
Mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a
Relatividade...
E tudo que era espúrio passou a ser
Moralidade..."

quarta-feira, outubro 15, 2003

 
Uma das belezas da noite é o silêncio...
Faz-se noite neste blog!

segunda-feira, outubro 13, 2003

 
Ai que medo

Aquele que vai...mas volta sempre, num post intitulado "Terramoto político/judicial" escreve: "Se Paulo Pedroso estiver inocente, não haverá escala que meça o grau de terramoto político que irá ocorrer em Portugal" Pois é, já todos perceberam que, ao contrário dos outros arguidos, no processo do Sr. Paulo Pedroso não está em causa só a justiça, mas também a política. O Sr. é suspeito de um crime, ainda não foi julgado, mas o PS faz questão de tornar um caso judicial num caso político (que eu saiba mais ninguém o fez, nem comentadores, nem outros partidos...) Porquê? Sinceramente não entendo. Não estará em causa apenas a amizade pessoal, o facto de ter padrinhos de casamento ou compadres importantes, apesar de serem factores relevantes na cultura portuguesa. Deve ser algo muito mais importante, porque não me parece que politicamente faça sentido o que o PS está a fazer.

Um alvo a abater pelo PS parece ser agora o Sr. Procurador Geral da Republica. É engraçado porque todos sabemos que a escolha dos detentores desse cargo, tal como os do Conselho de administração do Banco de Portugal ou da CGD, entre muitos outros, resultam de acordos tácitos entre os dois grandes partidos portugueses. Será que o PS tem saudades dos tempos do Sr. Cunha Rodrigues, nos quais os processos "importantes" prescreviam ou eram arquivados? A justiça é só para os outros? Só para o povo?

sexta-feira, outubro 10, 2003

 
Quem tem medo de mulheres inteligentes?

quarta-feira, outubro 08, 2003

 
Paulo Pedroso à solta, rodeado por dirigentes do PS! O que é que o povo dirá?

sexta-feira, outubro 03, 2003

 

Entrevista a um campeão

“É na fodanga que está o verdadeiro sentido da vida. Uns nascem para trabalhar, outros para contemplar, outros para cobrir, é a lei da vida, o destino. Eu nasci para fornicar, porra!”

Combinamos, por email, encontrarmo-nos na baixa, num restaurante da rua dos correeiros, perto da antiga Lanalgo. “Eu sou o homem do livro”, escreveu ele. Chego à hora combinada, procuro e vejo um homem de livro na mão (reparo, depois, que é “O Anticristo” de Friedrich Nietzsche). Este homem de cabelo grisalho, barba por fazer, bigode farto, nesta entrevista fala da sua infância e adolescência, da sua primeira experiência sexual.

Qual a recordação mais remota que tem da sua vida?
Nasci na Mouraria, ali no Martim Moniz, num prédio que já não existe (agora está lá um espaço vazio com um daqueles cartazes do Santana a dizer qualquer coisa dos jovens voltarem a viver na baixa). Lembro-me de ter mijado na varanda para cima da careca de uns tipos que estavam na rua. Foi uma grande rebaldaria .

Foi na Mouraria que viveu toda a sua infância?
Não, o prédio foi demolido. Aos seis anos tivemos que nos mudar para um daqueles bairros camarários feitos pelo Salazar.

Foi um choque para si?
Não. Eu até gostei. Para onde fui ainda havia campo e até ovelhas e um pastor (agora há mais prédios, rotundas, viadutos , túneis...); era ideal para brincar aos índios e cowboys , jogar à bola, ir à chinchada...

Os seus pais deixavam-no ir brincar para a rua?
Deixavam. Naquele tempo não havia parques infantis, mas nós íamos brincar para a rua. A rua era uma autêntica escola.

Como assim?
Foi na rua que aprendi a andar à porrada, a dar caneladas à Jorge Costa, calduços à Paulinho Santos, fugir da bófia... Foi na rua que descobri o português que não vem nos dicionários, alcunhas, ditos ao despique...

O quê, por exemplo?
Olhe, ainda me lembro do Pichotas, do Gorila, do Bomba, do Schwaiker, do Enraba tijolos, do Ratinho, do Manteigas, do Zé trombeiro, do Caguincha, da Aquece caralhos, do Catujal...e depois havia o Pipi...

E o que é isso dos ditos ao despique?
Um dizia: “vai pra cona da tua mãe!” O outro respondia: “Da tua que é uma grande charrua, chega daqui até à lua!”...

Então e a escola?
Andei na escola lá do bairro. Lembro-me que uma vez o Caguincha teve um azar do catano. A mãe, a Albertina peixeira, apanhou-o no recreio a fumar; levou uma berlaitada da senhora que até engoliu o cigarro. Aliás, da minha turma da 4ª classe, se tirarmos os que já estiveram presos, os que morreram de overdose e os que foram para polícias, só sobro eu.

Vamos então falar do que mais lhe interessa, sexo.
É na fodanga que está o verdadeiro sentido da vida. Uns nascem para trabalhar, outros para contemplar, outros para cobrir, é a lei da vida, o destino. Eu nasci para fornicar, porra!

Como foi a sua primeira experiência sexual?
Foi já no liceu, tinha pra aí uns catorze anos. Um dia decidimos fazer gazeta, não para ir jogar matrecos, flippers ou mini-gof, como era habitual, mas para ir às putas. Éramos uns cinco ou seis e fomos para a Avenida da Liberdade, que era uma “zona de ataque”. Não tínhamos muito dinheiro e tivemos que andar a negociar, até encontrarmos uma que nos fez um “preço por atacado”. Tirámos à sorte quem seria o primeiro, o segundo...

E como foi?
Parecia que estávamos na lista de espera do SNS...e quando fomos atendidos foi a despachar...

E a sua primeira experiência, digamos “não profissional”?
Bom, essa sim...foi detrás da orelha! Foi com uma vizinha muito amiga da minha mãe. Ela costumava ir lá a casa (com as filhas, mais ou menos da minha idade, brincava ao Napoleão, uma série que passava à data na TV...). Bem, como estava a dizer, essa vizinha era uma mulher trintona, alta, com umas tetas do caraças. Muitas vezes aparecia “vestida à fresca”, com vestidos leves e curtos, sentava-se “toda aberta”... Um dia, cheguei da escola e não estava ninguém em minha casa; em vez de ir para a rua jogar à bola, decidi-me a bater-lhe à porta. Perguntei-lhe se podia esperar lá pela minha mãe, enquanto estudava. Ela disse que sim, pôs-me na sala a estudar e foi para a casa de banho continuar a labuta. Às tantas ganhei coragem e atrevi-me a ir até lá. Estava de gatas a lavar roupa na banheira, com um vestido acima do joelho, mas na posição em que estava viam-se-lhe as coxas, quase até à bundinha. Encostei-me a ela por detrás... estava duro... ela ainda disse qualquer coisa...

quinta-feira, outubro 02, 2003

 
O 12º jogador

E aí está mais uma prova... o FCP quando lhe falta o 12º jogador (um com equipamento preto) torna-se uma equipa vulgar. É caso para dizer que o grande craque do FCP não é o Deco, mas sim o homem de preto... Talvez se tivessem oferecido uma viagem a Marte ao Molina (e respectiva família) o resultado tivesse sido outro...

quarta-feira, outubro 01, 2003

 
"O Tempo está para o Amor como o vento para os incêndios. Apaga os fracos e ateia os fortes. Mas o Amor está para o Tempo como uma vela acesa ao luar, trémulo, frágil, volútel, fácil de acender e ainda mais fácil de apagar"

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